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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

" UM NOVO TEMPO APESAR....................

            Gostaria de continuar muito emocionada como quando era adolescente e ouvia o hino do meu país, mas ao ler a história e vivê-la não tem como não trazer a minha frente às cenas cotidianas de um país que sempre negou e continua negando os direitos básicos de um cidadão; não tem como falar de Independência do Brasil e não lembrar uma jovem mãe grávida que perdera seu filho, porque o hospital não atendia às terças e quintas feiras; não tem como falar de Independência do Brasil,  quando profissionais precisam silenciar para não perder seus empregos; não tem como falar de Independência do Brasil, sem lembrar as inúmeras crianças e adolescentes nos sinais de trânsitos insistindo em nos dizer que existem; não tem como falar em Independência do Brasil e ver professores correndo o dia todo,  de uma escola para outra  para poder no fim do mês pagar suas contas, porque no Brasil Independente, educação não é prioridade; não tem como falar de Independência do Brasil , sem esquecer os pais que perdem seus filhos para as drogas por falta de Políticas Públicas eficientes e eficazes; não tem como falar em Independência do Brasil, sem lembrar dos números assustadores de homicídios, porque nossa Segurança Pública é capenga; não tem como falar de Independência do Brasil, se embaixo das pontes e viadutos há os “adereços humanos” nos dizendo que nossa Política Habitacional é um grande déficit. Mas, preciso lembrar nesse dia  de homens e mulheres que deram suas vidas , resistiram a ditadura pela democracia do Brasil e por um país melhor e foi pela luta e resistência deles que hoje tenho a liberdade de escrever o que sinto e penso sem ser torturada e exilada, é para eles esse hino e esse dia e escolhi dois grandes nomes também de luta e resistência para homenageá-los.



                                                                                        Maria Ribeiro 



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