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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bom dia meu povo! "por acaso" que não acredito em acaso, me deparei com essa extraordinária entrevista do ator Nelson Xavier, que interpretou Chico Xavier no Filme AS MÃES DE CHICO. Achei a entrevista fantástica e cada vez mais me convenço sem nenhuma alienação, que precismos alimentar nosso lado espiritual, independente de credos e instituíçoes religiosas. Vale a pena conferir!

Nelson Xavier: “A doença me trouxe a noção da finitude, e a arte, a da transcendência”

O ator Nelson Xavier, que volta a representar Chico Xavier no cinema, conta como a experiência de interpretar o médium o fez abandonar o ateísmo e apostar em um tratamento espiritual contra o câncer
Em cinco horas de entrevista, Nelson Xavier chorou oito vezes – um choro que se manifestou sempre do mesmo jeito. Primeiro, lhe embargava a voz e contraía fortemente o rosto. Depois de uns segundos, desembocava em poucas lágrimas e quase nenhum ruído. Nelson, então, interrompia o raciocínio. Deixava a onda passar, tirava os óculos, enxugava os olhos e prosseguia. A emoção despontava apenas quando o ator de 69 anos, outrora ateu, discorria sobre fé, Jesus Cristo ou o médium de Minas Gerais que emprestou o nome (e a biografia) a um dos sucessos cinematográficos de 2010.
Chico Xavier, o filme, se baseia num livro-reportagem do jornalista Marcel Souto Maior e levou 3,4 milhões de espectadores às salas do país. Nelson interpretava o líder espírita, que viveu entre 1910 e 2002. Agora, volta a representá-lo no longa As Mães de Chico Xavier, inspirado em Por Trás do Véu de Ísis, outro livro-reportagem de Souto Maior. A produção, dirigida pelos cearenses Halder Gomes e Glauber Filho, narra a história de três mulheres que buscam estabelecer contato com mortos queridos. Do elenco, fazem parte Caio Blat, Vanessa Gerbelli e Tainá Müller. A estreia deve ocorrer em 1º de abril.
De passagem por São Paulo, Nelson – que mora no Rio de Janeiro – recebeu BRAVO! para falar dos dois filmes. A seguir, um resumo da conversa.    

domingo, 26 de agosto de 2012

PIPOCA ESTOURADA?

Bom dia meu povo! O sol nessa minha linda cidade já chegou e nos convida a grandes e necessárias mudanças e por falar nelas, esse texto de Rubem Alves é bem apropriado. Que tal uma repensada nas nossas posturas de cada dia? Boa leitura e grandes estouros!
A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser.


O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.


O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.


Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.


Assim acontece com gente. As grandes transformaçoes acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.


São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que é o seu jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.


O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor.


Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.


Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.


Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer.


Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.


Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: Bum! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, com que ela mesma nunca havia sonhado.


Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria a ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

E você o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá? 

Rubem Alves


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CASA DO SOL E DAS ARTES

Boa noite meu povo! sabem de quem é esse poema?

Para poder morrer

Para poder morrer
Guardo insultos e agulhas
Entre as sedas do luto.
Para poder morrer
Desarmo as armadilhas
Me estendo entre as paredes
Derruídas
Para poder morrer
Visto as cambraias
E apascento os olhos
Para novas vidas
Para poder morrer apetecida
Me cubro de promessas
Da memória.
Porque assim é preciso
Para que tu vivas.





É isso mesmo Hilda Hilst


E olhem que história ! CASA DO SOL E DAS ARTES,  só pessoas que não foram contaminadas e escravizadas por esse sistema é que conseguem ir além, pois seus sentimentos e seus sonhos estão livres de qualquer aprovação e reprovação:

1961 foi um dos anos mais importantes para a escritora Hilda Hilst (1930-2004). Se, por um lado, sua beleza, elevada condição social e reconhecido talento a faziam constante presença nas colunas sociais, por outro, vivia uma crescente angústia, havia publicado cinco livros de poemas, mas acreditava estar muito aquém de seu potencial. Foi por esse período que ganhou das mãos do poeta português e amigo Carlos Maria de Araújo um exemplar de Lettreau Greco (esgotado), escrito por NikosKazantzákis e que mudaria a sua trajetória.

Impressionada com as palavras do autor, para quem um escritor necessita se isolar completamente para abordar o mais profundo da condição humana, Hilda tomou uma decisão: largar seu casarão paulistano para morar em uma chácara perto de Campinas (interior do Estado de São Paulo) e, ali, continuar a escrever sua obra. Os 800 m² de área construída receberam o nome de Casa do Sol. Nela, a escritora criou publicações – entre poesia, prosa e teatro – das mais importantes do Brasil. Antes de falecer, fez questão de compor o Instituto Hilda Hilst, um projeto cuja missão era a de ser uma continuidade de sua própria vida ao oferecer infraestrutura para que criadores passassem um tempo lá e criassem obras com toda a tranquilidade.

É esse local que, oito anos depois, está pronto para receber artistas residentes nas mais diversas áreas de atuação. “Temos espaço para dois residentes não bolsistas. Basta contatar pelo site www.hildahilst.com.br descrevendo o motivo do interesse em morar na Casa do Sol”, diz o presidente da entidade, Daniel Fuentes. “Faremos entrevistas para seleção. Quando for a época ideal, será elaborado um edital público com regras claras e banca de seleção de projetos. Dependendo dele, os períodos podem flutuar entre três, seis e 12 meses.”


Hilda foi epígrafe de Caio
Um dos vários artistas que passaram certo tempo na Casa do Sol foi Caio Fernando Abreu. Gil Veloso, autor de Fábulas farsas e amigo do escritor nos seus últimos 10 anos de vida, afirma que ouviu dele várias vezes sobre como foi importante essa breve estadia. “Foi uma espécie de rito de passagem do Caio para a sua profissionalização na literatura, quando aprendeu com Hilda toda a disciplina necessária no estudo e reflexão diários e de como o escritor se faz como leitor”.

Entre 1968 e 1969, durante a ditadura militar, Caio fugia da repressão e intercalou temporadas clandestinas entre São Paulo, Rio e Campinas. Em 1970, publica o primeiro livro,Inventário do ir-remediável(esgotado), dedicado à autora. “Foi na Casa do Sol que este romance tomou forma e selou a amizade para toda a vida”, salienta o especialista. “Hilda foi uma espécie de epígrafe do Caio, no sentido de pedir passagem, anunciar.”

FONTE: REVISTA CULTURA 

domingo, 19 de agosto de 2012

ESCRAVIDÃO NOSSA DE CADA DIA

Bom dia, meu povo!
Não sei o motivo, mas certamente deve ter vários escondidos, mas hoje acordei pensando em escravidão. Usamos costumeiramente esse termo para falarmos algo que está ligado ao poder Político e Econômico, as relações de patrão e empregado, a própria história da escravidão, mas a escravidão que hoje estou refletindo e muito fortemente, é esse aprisionamento de nós mesmos, somos escravos dos nossos sentimentos, dos nossos medos, das nossas relações, dos nossos sonhos e projetos. Penso que poderíamos ter total liberdade de expressão, vivermos num país totalmente livre, mas essa nossa dependência do outro, da aprovação do outro, da companhia do outro, nos impede de ser livres. São amarras e amordaças invisíveis aos olhos externos, mas, maltrata, escraviza e fragiliza principalmente quem não quer ou tem medo de ver, porque ver é um chamado a uma tomada de atitude e muitas vezes essa escravidão que não queremos ver como tal nos deixa bem acomodadinhos na nossa zona de “conforto”, será mesmo conforto? Ou essas insatisfações eternas que estamos sempre a culpar o outro, o sistema, os políticos, o companheiro, o filho, a instituição religiosa e por aí vai, porque na maioria das vezes reclamamos, falamos mal, apontamos o dedo, mas não saímos da dita “zona de conforto”, se não temos essa coragem, também não criemos expectativa esperando sempre que o outro que a nosso ver é o culpado seja sempre o primeiro a tomar atitudes, penso que já está ou passou da hora de quebrarmos as muletas e começar a caminhar sozinhos e se cair, levantar e reformular a metodologia, deixar de ter o outro como o “Bode Expiatório” das nossas covardias e dos nossos fracassos. 

Cida Ribeiro

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Boa noite, meu povo! fui convidada para fazer o Cerimonial do FORUM REGIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS  e usei um poema de Manoel Bandeira que há muito não lia e fragmentos da música Novo Tempo e quero partilhar com vocês, todos dois instrumentos  que usei são atemporais. Confiram! Precisamos continuar na luta.

O Bicho  

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.
 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

CURIOSIDADE

Boa noite meu povo! Vamos conhecer a origem da expressão: "SEGURA VELA"?

A expressão vem da época medieval, quando os empregados eram obrigados a segurar as velas para os patrões.

Entre 1500 e 1600 era comum relacionar a expressão a qualquer posição desconfortável. Depois, quem “segurava vela” era a amante em um triângulo amoroso. Na fala coloquial de hoje, designa quem acompanha um casal. A expressão seria proveniente da França medieval, quando empregados eram obrigados a segurar velas para iluminar as atividades cotidianas de seus patrões.

FONTE:BRASIL ALMANAQUE
 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

PODRES PODERES

Boa noite, meu povo! Todo esse movimento nas ruas, as bandeiras esvoaçante com os candidatos que pleiteiam o poder só me fazem  lembrar dessa poesia de Caetano Veloso e algumas cenas inescrupulosas desse país. Vamos relembrar?

Podres poderes

Enquanto os homens exercem
Seus podres poderes
Motos e fuscas avançam
Os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais...

Queria querer gritar
Setecentas mil vezes
Como são lindos
Como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais...

Será que nunca faremos
Senão confirmar
A incompetência
Da América católica
Que sempre precisará
De ridículos tiranos
Será, será, que será?

Que será, que será?
Será que esta
Minha estúpida retórica
Terá que soar
Terá que se ouvir
Por mais zil anos...
Enquanto os homens exercem
Seus podres poderes
Índios e padres e bichas
Negros e mulheres
E adolescentes
Fazem o carnaval...

Queria querer cantar
Afinado com eles
Silenciar em respeito
Ao seu transe num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau...

Ou então cada paisano
E cada capataz
Com sua burrice fará
Jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais
Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais...

Enquanto os homens exercem
Seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais...

Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo
Indo e mais fundo
Tins e bens e tais...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CURIOSIDADE

Boa noite meu povo!  Não conhecia  essa história  do Matemático Malba Tahan, achei interessante por isso  quero compartilhar com vocês:

Malba Tahan vetou coroa e luto no próprio funeral E-mail
Escrito por Natália Pesciotta

Não faltou sinceridade à carta derradeira que Júlio César de Mello e Souza, o Malba Tahan.

"Acho horrível essa literatura funerária, sem expressão: Homenagem eterna, Recordação sincera, O último adeus etc.” Não faltou sinceridade à carta derradeira que Júlio César de Mello e Souza, o Malba Tahan, deixou para a família. Apesar de andar muito saudável e bem-disposto, o matemático e escritor já havia preparado instruções para quando sua hora chegasse. Faleceu pouco após ministrar uma palestra no Recife, aos 79 anos, em 1974.

O enterro no Rio de Janeiro seguiu à risca suas próprias exigências. Além de pedir o funeral “mais modesto possível” e “caixão de terceira classe”, o autor de O Homem Que Calculava deixara claro que não queria flores com dedicatórias como as do começo deste texto. As coroas deveriam ser devolvidas com “delicado cartão”: “O ofertante será informado do desejo do morto. E ele (o ofertante) que faça da coroa o uso que quiser. Considero a coroa.... Ora, para que revelar agora o que penso das coroas...”. A carta ainda citava Silêncio de Um Minuto, de Noel Rosa, para pedir que esposa e filhos não usassem luto: Roupa preta é vaidade / Para quem se veste a rigor / O meu luto é a saudade / E a saudade não tem cor.

O grande número de pessoas que compareceu ao Cemitério do Caju para a “modesta despedida” ofertou flores anônimas. O aniversário do escritor virou Dia Nacional da Matemática, mas, na morte, nada de vaidades. A única mensagem lida aos presentes, conforme a recomendação do homenageado, foi preparada por ele mesmo. Defendia uma causa que abraçara com afinco em vida: o fim do isolamento e do preconceito contra os doentes de hanseníase.

FONTE: BRASIL Almanaque de Cultura Popular

domingo, 5 de agosto de 2012

AS ESTAÇÕES

Bom dia! meu povo, vamos começar o dia pensando nisso? Um domingo cheio de alegrias para todos nós.
                
AS ESTAÇÕES  

Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada em um distante local.
O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão e o quarto e mais jovem, no Outono.
Quando todos eles retornaram, ele os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.
O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo filho disse que ela era recoberta de botões verdes e cheia de promessas.
O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele tinha visto.
O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas…
O homem, então, explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore…
Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estiverem completas.
Se você desistir quando for Inverno, você perderá a promessa da Primavera, a beleza do Verão, a expectativa do Outono.
Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.


Autor desconhecido