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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

MINHA ALMA (A PAZ QUE NÃO QUERO)

Bom dia! depois das muitas comemorações, muitos encontros e festejos, uma paradinha para pensar sobre essa fantástica letra de Marcelo Yuka na voz da bela Maria Rita. Penso que vale a pena.

domingo, 25 de dezembro de 2011


         Fico sem escrever e até mesmo sem falar muito  nesse período de Natal, pois temo correr o risco de ser mais um usuário dos famosos clichês da época, que de tão repetidos e usados não tem o efeito que deveriam ter.
          Feliz Natal! Um Natal de paz! Que o menino  Deus entre na sua casa e cubra de bênçãos! Feliz Natal e Próspero ano novo... Todas essas frases teriam outra conotação se durante todo ano o Feliz Natal fosse trocado por atitudes de ética, de respeito ao diferente, respeito ao meio ambiente, se nos importássemos mais e nos envolvêssemos mais com as expressões sociais pelo menos do Brasil, se não lavássemos as mãos como fez o grande e felino Pilatos quando o problema não é nosso, se não atropelássemos o outro para chegar primeiro em tudo, se  olhássemos para dentro de nós a quantidade de vezes que olhamos para fora de nós, se toda vez que fôssemos julgar, olhássemos diversas vezes para o que somos, se o “se” fosse mais usado quem sabe, nem precisássemos desejar tudo isso, pois já estaríamos vivendo o verdadeiro natal todos os dias.










          

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SIMPLESMENTE DIVAS!

        Ora na voz, ora nos palcos, ora nas folhas em branco... Elas são encantadoras! A história das mulheres poderiam ter outro tom, se não fosse o tom dos seus fantásticos dons.  Uma série de 4 entrevistas garimpei para homenagear essas mulheres  que tanto contribuem com a cultura do nosso país.
Começaremos com Fernanda Montenegro que concedeu uma entrevista a revista Bravo, e fala do seu mais recente trabalho sobre Simone de Beauvoir, a morte do marido, a beleza, e a fé.

Quando você entrou em contato com Simone de Beauvoir e os existencialistas?
 
Fernanda Montenegro : Logo depois da Segunda Guerra, no fim dos anos 40 e início dos 50. Era um período em que Simone e Jean-Paul Sartre despontavam como celebridades, como popstars. Todo mundo do meio artístico e intelectual queria entender o que pensavam. Eu, à época, trabalhava para a Rádio Ministério da Educação, a lendária Rádio MEC, que já se localizava no centro do Rio de Janeiro. Ingressei ali em 1945, ainda adolescente, por causa de um projeto que recrutava novos locutores, redatores e atores. Fiz o teste, uma leitura de poema, sem botar fé que me chamariam. Mas me chamaram e acabei passando uma década na emissora. Jamais imaginei que encontraria por lá um universo tão rico culturalmente. Tínhamos aulas de português e de declamação, além de palestras sobre os assuntos que abordávamos no ar. Por longo tempo, desfrutei do privilégio de apresentar o programa dominical Douce France (Doce França). Em função disso, pude me aproximar ainda mais das teses de Sartre e Simone.

Qual o primeiro livro dela que você leu?
Foi O Segundo Sexo, que saiu em 1949 e se transformou num clássico da literatura feminista, sobretudo por apregoar que as mulheres não nascem mulheres, mas se tornam mulheres. Ou melhor: que as características associadas tradicionalmente à condição feminina derivam menos de imposições da natureza e mais de mitos disseminados pela cultura. O livro, portanto, colocava em xeque a maneira como os homens olhavam as mulheres e como as próprias mulheres se enxergavam. Tais ideias, avassaladoras, incendiaram os jovens de minha geração e nortearam as nossas discussões cotidianas. Falávamos daquilo em todo canto, nos identificávamos com aquelas análises. Simone, no fundo, organizou pensamentos e sensações que já circulavam entre nós. Contribuiu, assim, para mudar concretamente as nossas trajetórias.

Os existencialistas teorizaram bastante sobre a liberdade humana. Diziam que "o homem será antes de mais nada o que desejar ser". Você concorda?
 
Concordo. Somos os senhores de nossos atos, de nossas opções. "Deus ajuda quem cedo madruga", ensina o ditado popular. Se o homem não inventar o próprio destino, Deus não irá interferir.

Você crê em Deus? Simone não acreditava.
Ora acredito, ora desacredito. Ninguém me demonstrou a presença de Deus. Tampouco demonstrou o contrário. Eu talvez cultive uma fé imensa em meio à dúvida. Por outro lado, creio plenamente no acaso.
O homem nasce livre, mas o acaso tem a última palavra, dizia Simone.
Exato. O acaso se põe acima de qualquer teoria. É o grande mistério e a principal razão para a misericórdia. Os homens deveriam se irmanar justamente porque se sujeitam, todos, às leis insondáveis do acaso. O que me fez entrar na Rádio MEC com 15 anos? O que me fez superar a timidez juvenil e concorrer às vagas de locutora e atriz? Foi o acaso, em parte. Havia a minha vontade e havia o imponderável. Se tomasse outro rumo naquela ocasião, em quem iria me transformar? Não sei. Sei apenas que hoje me encontro onde sempre quis. Vivi sem tempos mortos.

Simone não teve filhos. Você gerou dois, a atriz Fernanda Torres e o cineasta Cláudio Torres. Maternidade e feminismo combinam?
 
Certamente. Mesmo orbitando em torno do ideário feminista, sempre desejei uma família. Nunca desprezei "o orgulho da carne". E não me arrependo: acima de tudo, sou a mãe de meus filhos. Mais que atriz, mais que a viúva do Fernando, sou a mãe de meus filhos.
Por que você resistiu à plástica, seguindo na contramão de tantos artistas? O feminismo a influenciou nesse terreno?
Não me oponho às cirurgias estéticas nem condeno quem as faça, mas receio perder minha cara. Óbvio que, à beira dos 80, gostaria de exibir um pescoço maravilhoso, eliminar as bolsas abaixo dos olhos, implodir a papada sob o queixo. O problema é que não me reconheceria sem tais "defeitos". Fora que, aderindo à plástica, ganharia uns dez anos e, em vez de ostentar 80, recuaria para 70. Qual a vantagem?

Você se julga bonita?
 
Ultimamente, quando espio fotos em que apareço jovem, enxergo certa graça ali. Na época, porém, me achava um estrepezinho — magra, sem peito, sem bunda, sem coxas. Eu fugia muitíssimo do padrão. Não me equiparava às beldades daquele momento: Doris Day, Marilyn Monroe, Tônia Carrero, Maria Della Costa. O curioso é que nem por isso me sentia inferior. Numa ocasião, a companhia de Henriette Morineau me contratou para assumir o papel de uma feiosa em um espetáculo — não lembro o nome da peça. Minha personagem rivalizava com uma prima linda e fogosa, um anjo exterminador, um furacão que seduzia o tio, os namorados alheios, o diabo. Num dos ensaios, arrumei coragem e confessei que não queria interpretar a feiosa. Queria encarnar o anjo exterminador. O resto do elenco me chamou de louca. Pois acabei pegando o papel e afirmo, com enorme alegria, que ninguém protestou na plateia. Ninguém ousou dizer que aquele estrepezinho não seria capaz de enfeitiçar deus e o mundo.

Em setembro de 2008, você assistiu à morte de seu marido, o ator e produtor Fernando Torres, companheiro de quase seis décadas. Como lidou com o fato?
 
Não lidei. Continuo lidando... Jamais a sensação do absurdo se mostrou tão palpável, tão nítida. Você não aceita aquele virar de página. Você nega a partida. O engraçado é que só me toquei de minha finitude depois de perder o Fernando. Claro que, antes, me observava no espelho e acusava a passagem dos anos. Mas não percebia que meu tempo está se esgotando, uma constatação terrível. Experimentar o desmonte psíquico, o desmonte muscular, o desmonte existencial... Não me parece fácil. Por enquanto, tudo vai bem. Disponho de vitalidade e ânimo para prosseguir. Consigo trabalhar 14, 18 horas por dia. Noto, porém, que algumas pessoas já me olham com assombro: "Ainda fala! Ainda se locomove!". Tornei-me um estranho fenômeno de resistência, como outros de minha idade. Mesmo assim, acho que a pior tragédia é morrer jovem. Não há nada mais triste do que a vida interrompida precocemente.

Fernando concordava com as ideias defendidas por Simone em O Segundo Sexo?
 
Sim, totalmente. Era um homem de tutano, de fibra, um homem libertário que recusava o machismo. Enfrentou meu sucesso e minha personalidade forte à maneira de um gigante. Em nenhum momento me castrou. Pelo contrário: me incentivou muito e, na função de produtor, buscou criar as melhores condições para meu progresso como atriz. Certas vezes, me vendo no palco, chorava de emoção. Se minhas conquistas o incomodavam, não deixou transparecer — atitude que considero de uma grandeza absoluta. Infelizmente, sofreu por 20 anos em razão de uma isquemia cerebral que, primeiro, lhe trouxe depressões violentíssimas e, depois, lhe prejudicou os movimentos. Um quadro tão terrível quanto inesperado. Uma armadilha do acaso. Meses antes de morrer, fez questão de me aguardar no aeroporto quando retornei de uma viagem à Itália. Estava contente e me acenou da cadeira de rodas. Segurava um buquê de flores. Perguntei: "Por que as flores, Fernando?". E ele: "Porque nosso terceiro neto acabou de chegar". Recebi a notícia do nascimento de Antônio assim, com flores.

Um slogan de maio de 1968: "Viver sem tempos mortos, gozar a vida sem entraves". Você pinçou um trecho dele para batizar sua peça, não?
 
É que realmente vivi sem tempos mortos, algo de que me orgulho. Mergulhei com avidez na existência que ganhei de Deus, da natureza ou do acaso. Realizei uma profissão que considero importantíssima — subir no palco para converter meu corpo em instrumento de discussões. Nunca roubei, nunca matei. Se impedi alguém de alcançar a felicidade, não me dei conta e peço desculpas. Peço perdão até. Não me julgo perfeita. Longe de mim! Carrego minhas zonas escuras, mas também umas zonas legais. Então... Elas por elas.


Que zonas escuras?
 
Sou rancorosa. Lógico que rejeito o sentimento e me policio: "Vamos largar de besteira!". No entanto... Ressinto-me igualmente de não ter mais disponibilidade para os amigos e a família. Às vezes, exagero na reclusão. Distancio-me de meus afetos. Quando penso nos colegas que se foram e na atenção insuficiente que lhes dediquei... Flávio Rangel, Renato Consorte, Paulo Gracindo, Lélia Abramo, Zilka Salaberry, Gianfrancesco Guarnieri, Paulo Autran... Convivi tão pouco com o Autran... Sorte que, às vésperas de morrer, ele me mandou uma carta, comovido. Falava de coisas doces. Foi provavelmente a última carta que redigiu. A vida não passa disso, de um demorado adeus.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CAETANO, IVETE E GIL

IMPERDÍVEL ESSA PROGRAMAÇÃO!
Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso são as estrelas do programa especial que a Globo exibe na próxima sexta-feira, 23 de dezembro. A proposta do trio é apresentar um repertório de clássicos da MPB que terá músicas mais intimistas, que falam de amor, como “Tigresa”, “Tá combinado” e “Super-Homem”.
No show, gravado no final de novembro, Gil, Ivete e Caetano são acompanhados por uma banda composta por 17 músicos, incluindo naipe de metais, cordas e percussão. São poucas as composições que não são de Caetano ou Gil. Uma delas é “Atrás da porta”, de Chico Buarque, que foi cantada por Ivete sozinha.
Em entrevista à imprensa, na época da gravação, no Rio de Janeiro, os compositores explicaram que a escolha do repertório, formado por 17 canções, foi feita a partir da decisão dos diretores e roteiristas do especial, Roberto Talma e Rafael Dragaud.
“Fui presenteada e estou aqui não só como cantora, mas também como fã. As canções de Caetano e Gil fazem parte da nossa história e são muito emblemáticas. Para nós, artistas, esses encontros são muito especiais, têm um teor emocional muito intenso”, revelou a baiana.

FELIZ NATAL!

domingo, 18 de dezembro de 2011

OBJETIVOS PARA 2012


  Final de ano chegando, importante fazer uma retrospectiva e uma avaliação, para que no próximo ano se cometermos erros, que provavelmente cometeremos nessa longa caminhada onde somos eternos aprendizes, mas que não cometamos os mesmos,  e para começarmos bem organizados, porque não, um panejamento simples, mas tudo bem focado e elaborado, para que mesmo treinando para as partidas dos jogos, já comecemos a ter disciplina. E aí vai uma dica que nos ajudará a acompanhar passo a passo cada avanço ou não. Caneta e papel na mão e nossos planos, metas, desafios e sonhos para 2012. Boa Sorte!

MEUS OBJETIVOS PARA 2012

INTELECTUAL                                              
FAMILIAR
FINACEIRA
PROFISSIONAL
FÍSICA
ESPIRITUAL
SOCIAL
                                                 
                                                                          

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

FREI BETO


OS GAYS E A BÍBLIA

Frei Betto


É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.

No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”...).

Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc).

sábado, 10 de dezembro de 2011

A HORA DE CLARICE LISPECTOR


E EIS

E eis que em breve nos separaremo
E a verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabi
Eu agora sei, eu sou s
Eu e minha liberdade que não sei usa
Mas, eu assumo a minha solidã
Sou só, e tenho que viver uma certa glória íntima e silencios
Guardo teu nome em segredo
Preciso de segredos para vive
E eis que depois de uma tarde de quem sou eu
E de acordar a uma hora da madrugada em desespero
Eis que as três horas da madrugada, acordei e me encontrei
Fui ao encontro de mim, calma, alegre, plenitude sem fulminação
Simplesmente eu sou eu, e você é você
É lindo, é vasto, vai durar
Eu não sei muito bem o que vou fazer em seguida
Mas, por enquanto, olha pra mim e me ama
Não, tu olhas pra ti e te amas
É o que está certo
Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca
E tudo isso ganhei ao deixar de te amar
Escuta! Eu te deixo ser… Deixa-me ser!

 Depois de Carlos Drummond de Andrade, homenageado em outubro com o Dia D, que por sua vez foi inspirado pelo Bloomsday e seus eventos anuais e internacionais de celebração ao escritor irlandês James Joyce, agora é a vez de Clarice Lispector ganhar um dia só para ela.

 A ideia não é exatamente inédita, mas queríamos ter um dia em que Clarice fosse lembrada”, conta o editor Paulo Rocco. Há mais de uma década, sua editora vem cuidado da obra da ucraniana que, com 2 anos, se mudou para o Brasil com os pais.

fonte : Folha de São Paulo

UMA CONVERSA BACANA

Essa vai especialmente para meu seguidor Zuza Zapata.Forte abraço!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

UMA RÁPIDA PROSA


            Penso que estamos ficando pirados, essa mania execessiva de cuidar de coisas, objetos, construções... tem nos levado a perder um pouco a noção. Tenho observado vários automóveis cobertos com umas capas, dando a impressão que faz muito frio e o dono do automóvel precisa aquecê-lo, perguntei a um amigo sobre o que tenho observado e ele explicou que é para proteger o carro dos arranhões, do sol, da chuva, de pedrinhas que por ventura outros carros possam jogar; e assim, me deu uma senhora aula de como cuidar de um automóvel. Após sua rica  explanação lhe perguntei se não estávamos cuidando demais de coisas e esquecendo de cuidar de pessoas, ele insisitu nos argumentos e prosseguimos a caminhada.


                                                                                    Cida Ribeiro

A VIDA QUER É CORAGEM

O livro “A vida quer é coragem”, de Ricardo Amaral, traz uma alentada biografia da presidente Dilma Rousseff, inclusive uma foto até hoje inédita de quando ela prestava depoimento em novembro de 1970. O lançamento do livro, da Editora Primeira Pessoa, está previsto para este mês de dezembro.

domingo, 4 de dezembro de 2011

BOM DIA!


Cortar Lenha

Um jovem com grande habilidade e rapidez no corte de lenha, procurou um mestre, o melhor cortador de lenha da região e pediu para ser aceito como seu discípulo a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos. O mestre concordou e passou a ensiná-lo. Não se passou muito tempo e o discípulo julgou ser muito melhor que o mestre, desafiando-o para uma competição em público. Tendo o mestre aceito o desafio, tudo foi marcado, preparado e teve início a competição. O jovem trabalhava no corte da lenha sem parar, e, de vez em quando, olhava para conferir como estava o trabalho do mestre.
Para grande surpresa do jovem, o mestre encontrava-se muitas vezes sentado, tendo isto ocorrido durante toda a competição. E isto fortaleceu ainda mais a determinação do jovem, que continuou a cortar a lenha e a pensar
- Coitado, o mestre realmente está muito velho...
Ao término da competição foram medir os resultados, e o mestre havia cortado mais lenha que o discípulo. O jovem indignado disse:
- Não consigo entender, não parei de cortar lenha o dia todo, com toda minha energia, e cada vez que eu olhava o senhor estava descansando!
O mestre respondeu:
- Não meu jovem, eu não apenas descansava. Eu amolava o meu machado. Você, por estar tão empolgado em cortar mais lenha, se esqueceu desse pequeno detalhe. Afiar seu próprio machado! E por isso, sua produtividade caiu e você perdeu!