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terça-feira, 27 de agosto de 2013

O LEGADO DE BUDDHA

Bom dia meus queridos (as)! Uma semana de muita paz e sabedoria para todos nós! Tenho um certo fascínio pela história, cultura e religião do oriente e recebi esse artigo que gostei muito sobre Budda e compartilho com vocês.



O LEGADO DE BUDDHA: O PRÍNCIPE ILUMINADO

O Príncipe Sidarta Gautama era uma pessoa normal, como qualquer um de nós. Levava sua vida no palácio onde nascera, tranquilamente, desfrutando de uma vida abastada e cheia de conforto. Foi educado dentro das tradições hindus, pois seu pai, o rei de Shakya pertencia à casta dos Kshatryas, os guerreiros da religião hindu.
Quando o menino nasceu, por cerca do ano 558 aC, seu pai percebeu que ele era especial e os sábios do reino também. Sidarta trazia uma série de características que somente os iluminados trazem e uma delas são as orelhas com lóbulos avantajados, um forte sinal de iluminação no Oriente.
O menino foi crescendo e seu pai tentando esconder-lhe as verdades da vida: a doença, a pobreza, a velhice, o sofrimento e a morte.  Mas algo dentro dele, como uma bússola interior que todos nós temos, indicava que algo estava errado nesse caminho, que o mundo fora dos muros do palácio era diferente; e um dia Buddha se empenhou em desvendar os mistérios desse novo mundo.
Um dia o jovem rapaz sai do palácio com um de seus servos e vê um homem muito velho. Então ele questiona, perguntando ao servo o que havia acontecido com o homem. Quando o serviçal lhe respondeu que todos nós ficaríamos assim um dia, o nobre príncipe assustou-se e seu coração ficou profundamente triste.
Essa situação repetiu-se quando ele viu uma pessoa doente com lepra, quando ele viu um funeral e um mendigo. Todas essas situações mexeram profundamente com Buddha, que decidiu trilhar o caminho para descobrir a verdade.
Seu questionamento principal era: - Porque existe o sofrimento? Porque o ser humano precisa sofrer?
Nessa época Buddha era já casado com a Princesa Isodara, então esperou seu filho nascer, despediu-se e foi buscar seu caminho para entender porque  a humanidade sofre. Primeiramente juntou-se a um grupo de ascetas (renunciantes) que abandonaram completamente qualquer tipo de conforto, fazendo voto extremo de pobreza. O Príncipe que sempre esteve cercado de luxo no palácio, agora experimentava o outro extremo, pois acreditava que a verdade estava ali, no voto de pobreza.
Certa vez quando o grupo de renunciantes caminhava na floresta, Buddha aceitou de uma moça que estava passando uma tigela de arroz, pois já não comia há muito tempo e sentia-se fraco. O grupo revoltou-se contra ele, dizendo que ele estava errado em aceitar o presente e o abandonaram. Então Buddha viu-se sozinho em sua busca, e naquele mesmo dia compreendeu um dos maiores ensinamentos do budismo: o Caminho do Meio. Percebeu que a verdade não estava nem no ascetismo e nem na riqueza, mas no ponto de equilíbrio entre as duas coisas. Nesse momento de “insight” Ele compreendeu as leis naturais de ação e reação, de causa e efeito e do princípio da polaridade, que diz que tudo é dual, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto, semelhante e dessemelhante são a mesma coisa.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

METADE

Bom dia meus queridos (as)! Uma semana de esperanças, alegrias, gritos, silêncios....Uma semana de vida!

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.




quinta-feira, 15 de agosto de 2013

"É A VIDA, É BONITA, E É BONITA!"

Bom dia meus queridos (as)! Estou em débito com vocês, nunca mais poste, mas quem é vivo sempre aparece, apareci e trago essa reflexão para todos nós:




            Nessas minhas constantes andanças pelos consultórios médicos e laboratórios da vida,  tenho tido a oportunidade de ver alguns cenários que me deixam no mínimo em silêncio, como nesse momento que escrevo, sem palavras para expressar, mas há outros cenários que me deixa encantada,  é a  própria poesia  digamos, o lado mais belo da vida que é movimento do próprio homem e seu desejo de viver..
            Na última sexta feira estive no Centro de Radioterapia para uma consulta e como não é nada raro neste país, esperei das 13h00min às 18h40min para ser atendida, aproveitei essa eterna espera para observar a vida, as pessoas, um passarinho que pousou discretamente, beliscou algo sem nenhum estardalhaço e bateu suas belas asas e sutilmente voou. De repente meus olhos são convidados a se fixar em algumas cadeiras de rodas que entram e saem daquele ambiente, e o que percebo são senhoras e senhores dos seus 75 anos acima, vindo de outros municípios (claro, só existe uma máquina de radioterapia para atender a todas as cidades da região, “Isto aqui ô ô é um pouquinho de Brasil iá, ia”), debilitados, sem condições se quer de ficarem em pé e ali, todos os dias fazendo o tratamento de radioterapia. E fiquei pensando que a vida é de fato fantástica, porque pessoas já tão cansadas, com uma trajetória tão sofrida (bem expressa no rosto), já bem idosas, mas insistindo, persistindo, e tentando resistir para viver e lembrei da música do nosso querido Gonzaguinha: “É A VIDA, É BONITA E É BONITA” e pensei também em alguns de nós, que escravos de um eterno sentimento de insatisfação  não conseguimos vislumbrar o fantástico espetáculo que é a vida e suas inúmeras oportunidades e convites para sermos mais felizes.

sábado, 3 de agosto de 2013

SONS UNAUDÍVEIS

Bom dia meus queridos(as)! Um sábado de alegrias, esperanças e capacidade de escuta para todos nós!


                                                      Sons Inaudíveis
 
Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande Mestre, com o objetivo de prepará-lo para ser uma grande pessoa. Quando o príncipe chegou ao templo, o Mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta. Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o Mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir. Então disse o príncipe:
- Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus...
E ao terminar o seu relato, o Mestre pediu que o príncipe retornasse à floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu a ordem do Mestre, pensando:
- Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta...
Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao Mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou:
- Esses devem ser os sons que o Mestre queria que eu ouvisse...
E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria Ter certeza de que estava no caminho certo. Quando retornou ao templo, o Mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir.
Paciente e respeitosamente o príncipe disse:
- Mestre, quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite...
O Mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:
- Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor; entender o que está errado e atender às reais necessidades de cada um."