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sexta-feira, 29 de março de 2013

SONS INAUDÍVEIS

Bom dia meus queridos! que ausência essa minha por aqui não? Sempre soube e expresso o tempo todo que a vida é uma caixinha de surpresa e por mais clareza que temos disso não conseguimos nos manter tão serenos como deveríamos quando a caixinha se abre e no meu caso não encontro outro caminho a não ser o silêncio para uma conexão mais direta com o Universo, sua energia e seus mistéiros e assim vou me fortalecendo. Aos poucos m'alma vai se acomodando, num futuro bem próximo compartilharei com vocês.





                                                               Sons Inaudíveis

 

Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande Mestre, com o objetivo de prepará-lo para ser uma grande pessoa. Quando o príncipe chegou ao templo, o Mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta. Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o Mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir. Então disse o príncipe:
- Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus…
E ao terminar o seu relato, o Mestre pediu que o príncipe retornasse à floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu à ordem do Mestre, pensando:
- Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta…
Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo… Mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao Mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou:
- Esses devem ser os sons que o Mestre queria que eu ouvisse…
E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria Ter certeza de que estava no caminho certo. Quando retornou ao templo, o Mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir.
Paciente e respeitosamente, o príncipe disse:
- Mestre, quando prestei atenção, pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite…
O Mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:
- Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor, entender o que está errado e atender às reais necessidades de cada um.”

Fonte: Sabedoria Universal


sábado, 9 de março de 2013

A DERIVA

Bom dia meus queridos seguidores! um sábado tão lindo e cheio de energia como esse sol que nos aquece a cada manhã.



                                    A DERIVA

             Há muito não sentava em um ponto de ônibus e sem pressa esperar minha vez de retornar para casa após um exaustivo dia de trabalho. O dia se recolhia na tarde que se entregava aos primeiros sinais da noite, encostei a cabeça na marquise do ponto de ônibus e observei a velha cidade em movimento, homens e mulheres corriam de um lado para outro em um ritmo que parecia tudo, menos pessoas andando, a impressão era que estavam participando de uma maratona e claro, todos pretendendo chegar primeiro; rugas de preocupação na testa era  o sinal  mais comum,  poucas trocas de olhares, nenhum cumprimento, pareciam  tão estranhos na estranheza da individualidade. Um jovem passou e me entregou um panfleto (propaganda de um motel), um rapaz me oferece a moto táxi, dois jovens passam e com seus secretos códigos parecem se proteger daquela rotina, os homens e mulheres invisíveis que limpam as ruas, recolhem os lixos da nossa pobre consciência ambiental e o panfleto nas mãos da passageira que espera o ônibus, se transforma em um barquinho de papel, e nele os sonhos da passageira são colocados e deixados à deriva para uma próxima viagem.

Cida Ribeiro











domingo, 3 de março de 2013

OS MACACOS

Bom dia, meus caros! espero que esteja tudo bem com todos vocês, estive um pouco ausente mas, eis que a saudade e a vontade de interagir me fizeram voltar. E para começar esse ótimo texto:








Os Macacos

 

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa
jaula. No meio, uma escada e sobre ela um cacho de
bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar
as bananas, jogavam um jato de água fria nos que
estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um
macaco ia subir a escada os outros o pegavam e enchiam
de pancada. Com mais algum tempo, nenhum macaco subia
mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então substituíram um dos macacos por um novo.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela
sendo retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo
não subia mais a escada. Um segundo foi substituído
e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto
participado com entusiasmo na surra ao novato.
Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto
e afinal o ultimo dos veteranos foi substituído.
Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco
macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio,
continuavam batendo naquele que tentasse pegar as
bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles
porque eles batiam em quem tentasse subir a escada,
com certeza a resposta seria:
"Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui".
(fonte: João Barcellos)