Seguidores

domingo, 30 de setembro de 2012

"SE PODES OLHAR.....

Boa tarde meus queridos seguidores! quanto tempo não?  isso mesmo, vez por outra preciso fazer algumas faxinas,  e para isso necessito entrar no meu casulo, depois saio com mais clareza, mais foco, mais forte...faço isso por uma necessidade da minha própria natureza e também por perceber o poder que tem o meio, pessoas, grupos ... sobre nossa vida, e como nessa rotina louca estamos quase que vinte e quatro horas cercados, preciso me perceber, me ver verdadeiramente para identificar nas minhas atitudes, no meu olhar para o mundo, para a vida, para as coisas o que é meu de fato, o que eu construi a partir do que acredito, da minha trajetória, das minhas escolhas e o que  é do meio, do outro que às vezes sem que percebamos internalizamos automaticamente sem fazer se quer uma reflexão. Mas, aqui estou eu de novo para um novo passeio nas belas, necessárias e amigas palavras.
 
"SE PODES OLHAR, VÊ. SE PODES VER, REPARA."
 
 Um dia desses esqueci meu óculos de grau na casa da minha sobrinha e tive que ir trabalhar com um antigo que guardo de reserva, que aliás é muito chamativo, pois tem detalhes vermelhos, ninguém da sala percebeu e quando fomos lanchar, um rapaz, muito especial que trabalha comigo e que é quase totalmente cego, chegou perto de mim, parou, fixou o olhar na minha direção e disse baixinho: mudastes de óculos não foi? fiquei tão perplexa que simplesmente respondi que sim, porém o dia todo fiquei refletindo o quanto estamos acelerados, o quanto estamos ocupados e o quanto temos perdido de ver, aí lembrei do Livro Ensaio Sobre A Cegueira de José Saramago quando ele diz: Se podes olhar, vê, se podes ver, repara.

PENSEMOS NISSO!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

FERNANDO PESSOA

Boa tarde meus queridos seguidores! passando só para refletirmos sobre esse lindo texto de Fernado Pessoa:



Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

BASTA



    BASTA


Basta que eu me encontre

com os meus desencontros
com os meus descaminhos
suas dúvidas
sem arrodeios....

Basta que eu me encontre

com a minha solidão
e dela escute a expressão
mais exata e verdadeira:
O silêncio

Basta que eu me encontre

 com os meus "eus"
Eles não me oprimem
Não me dizimam...
Apenas permitem eu ser:
O momento em que vivo
o que sinto
O que meu coração ordena

Meus "eus" são autônomos

e sem violência permitem,
Entre um intervalo  e outro
viver sem julgamento
seu próprio personagem.


FONTE: Aparecida Ribeiro

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

VAMOS!

Boa tarde, meus queridos seguidores! Penso que essa é uma boa dica para esse final de semana.


O BEIJA FLOR


 Bom dia, meu povo! dessitir, recuar, estagnar... são características dos covardes, dos que não acreditam em possibilidades e elas existem, basta acreditar e fazer todo o movimento em torno daquilo que queremos, que focamos, que acreditamos. Que tenhamos um dia de muita persistência e perseverança.


Carlos era um garoto estudioso. Seu problema era a falta de paciência. Se ele estivesse fazendo a lição de casa e algo saísse errado, logo se irritava. Jogava longe o caderno, a régua, o lápis e desistia do trabalho. A atitude preocupava seus pais. Os conselhos eram reprisados todos os dias. Sem nenhum efeito. Uma manhã, ao abrir a janela do seu quarto, Carlos viu um beija-flor sobrevoando o jardim. Debruçou-se na janela e ficou observando. O lindo pássaro, de penas verdes e azuis, batia rapidamente as asas, parava diante de uma flor. Depois descia até o chão, pegava um raminho e subia até o galho de um pinheiro. Tornava a descer e subir, sempre carregando um raminho no bico. A cena deixou Carlos extasiado. Chamou o pai, a mãe, o irmão. Todos ficaram longo tempo olhando o trabalho contínuo do beija-flor que logo teve ajuda da sua companheira. O encantamento era geral. Naquela noite, houve uma violenta tempestade. Ventos fortes. Chuva. Pela manhã, o ninho estava no chão. Carlos ficou olhando triste. Tanto trabalho por nada. Logo o sol saiu. Os ramos começaram a secar. A natureza tornou a sorrir maravilhas. O casal de beija-flores se apresentou no jardim e recomeçou a tarefa. Raminho após raminho foi sendo levado. A construção do novo ninho demorou alguns dias. Tinha a forma de uma concha bem funda. A fêmea se acomodou e botou dois ovinhos. Carlos passou a visitar o ninho. Se a fêmea se afastava, ele ia dar uma espiadela. Numa bela tarde, que surpresa! Os filhotinhos haviam nascido. Já estavam com os biquinhos abertos, esperando que a mamãe beija-flor colocasse o alimento. Nessa hora, o pai de Carlos aproveitou para falar: Você já imaginou, meu filho, se no dia daquela tempestade, quando o ninho caiu, os beija-flores tivessem desistido? O exemplo deles é de persistência e paciência. Procure reforçar essas qualidades dentro de você. Se você desistir, na primeira dificuldade, perderá a chance de realizar coisas maravilhosas. Pense nisso. 

FONTE : Mensagens do Velho Sábio

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CLARICE LISPECTOR

Bom dia meu povo! acordei hoje com uma grande vontade de ouvir nada mais nada menos que Clarice Lispector. Isso mesmo!  m'alma está sedenta de um diálogo mais denso e em dias tão tumultuados e com os  holofotes voltados para as campanhas políticas e seus  candidatos com seus discursos repetitivos, quero mais é me alimentar de poesia e claro, escolhi para hoje essa grande Diva para interpretar Clarice. Vamos lá?

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A SOPA DO BOM ENCONTRO



 A SOPA DO BOM ENCONTRO


Bom dia meu povo! Hoje eu quero usar esse espaço para homenagear uma senhora por nome de Carminha, uma dona de Casa da minha Cidade (Caruaru), o motivo é simples, mas me emociou e me fez refletir sobre as inúmeras possibilidades que ainda temos para resgatar essa instituição que se chama família e que em tempos de tantas ocupações e correrias estamos deixando para segundo plano. Pois bem, esta senhora, Dona Carminha teve 9 filhos, todos  cidadãos e cidadãs ocupados com seus afazeres diários mas, às quintas feiras ela consegue reunir sua  prole para tomar  uma sopa feita pela mesma e claro, a sopa só é um pretexto porque aproveitam para uma boa prosa e fortalecer os laços familiares. Então fica para todos nós essa dica para que possamos driblar esse modelo de modernidade que tem nos deixado tão afastados dos grupos e  das pessoas....

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O DITADOR

Bom  dia meu povo! aos sábados estou Coordenando um curso de aperfeiçoamento oferecido pela Secretaria de Educação de PE, e sempre coloco uma mensagem para os cursistas. No último sábado coloquei um fragmento do texto  Último Discurso do filme O DITADOR de Charles Chaplin,  coloco essas mensagens sem pretenção nenhuma, apenas desejando de verdade que todos tenham um bom dia, e para minha surpresa,  várias pessoas me procuraram durante a semana para agradecer a mensagem, umas diziam que a mensagem foi muito oportuna, outras disseram que sentiram vergonha ao ler porque estavam realmente esquecendo da alma, do coração... uma outra me falou da sua vida, de como tem sido sua rotina e como tem se distanciado da família, amigos, da sua própria alma enfim, a mensagem teve um grande efeito e claro que eu não poderia deixar de refletir sobre isso e concluo que as pessoas não estão tão fechadas para esse diálogo como costumeiramente costumamos dizer, talvez estejamos esperando sempre pelo outro e a forma mais cômoda de esperar seja culpá-lo, julgá-lo... se cada um fizer a sua parte, o seu simples e pequeno movimento, faremos um grande movimento. Essas vivências só me enchem de esperança e me intimam cada vez mais a fazer a minha parte. Eis a mensagem:

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)
Charles Chaplin