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domingo, 17 de fevereiro de 2013

AO AMOR

Boa tarde meus queridos! Nada melhor do que uma folha em branco e  o coração cheio de vontade de dizer algo, mesmo um pouco meloso.


AO AMOR

Descubro-te nos mais sutis pensamentos
Vejo-te nas mais simples expressões
És o sonho que acalanto desde cedo
És a mais sólida canção
Mergulho nos teus olhos
minha intensa dor
Sinto-me viva novamente
No sorriso que ficou
És a cantiga de ninar
Que o tempo levou
És a brisa certa
Que a madrugada deixou
Agora só o silêncio importa
Pois guardo na memória
A palavra mágica
Que o amor me revelou

                                                                                                                                          Cida Ribeiro

QUEM ME LEVARÁ SOU EU

Bom dia meus queridos! Hoje acordei com uma vontade enorme de rever velhos amigos, talvez um pouco nostálgica com a dinâmica da vida, essa coisa de vai e vem, de pessoas que foram tão importantes nas nossas vidas mas,  por alguma circunstãncia tiveram que partir.... e lembrei de uma música linda que adoro ouví-la por esses dois parceiros: Zeca Baleiro e Fagner.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ENTRE UM CAFÉ E OUTRO...

Boa noite meus queridos! Um retorno cheio de paz, saúde e muita motivação para continuar a caminhada, e entre um café e outro, o pensar pede licença para mais uma de suas artimanhas....








              Nesses dias de feriado liguei para uma amiga a fim de nos juntarmos e ir prestigiar pelo menos um dia do Carnaval de Recife Antigo, em especial no dia dos desfiles dos blocos, que, aliás, sou apaixonada, se eu não for me sinto infiel ao carnaval e ao povo que tem a rara oportunidade de “botar o bloco na rua”. Contato feito, a minha amiga aceitou e fomos lá, abraçar o carnaval do Recife  e me deleitar nas poesias e lirismo dos blocos e suas encantadoras marchinhas.Essa minha amiga é daquelas figuras que costumamos chamar,” espírito cigano”, inclusive ela já tem uma bolsa pronta para os convites de viagem; não há tempo ruim, não existe “deixa para depois”, é o aqui e agora, não há planejamento na sua vida, embora seja professora. E fomos lá: uma cerveja na mão, nada de papo de reflexão, papo de intelectual chato, nada de “com que roupa eu vou”, nada de a moda é isso, a moda é aquilo, o certo é isso, o certo é aquilo... Viver o momento e com alegria é o seu forte, não há futuro, nem passado, tudo é agora e pra já; encontramos umas colegas dela que se conheceram em uma excursão para a Argentina; uma delas falou que a viagem sem a minha amiga seria tediosa, ao mesmo tempo que comentou sobre sua pele, que embora este ano entre para a casa dos 60, conserva uma pele invejável. Em outro momento encontramos outra amiga dela, ela gritou seu nome, a colega chegou e logo partiu, percebi que a colega não queria tal companhia, mas isso não conseguiu tirar o humor e o alto-astral da minha amiga. Brincamos, rimos muito e lá pelas tantas da tarde encontramos de novo a amiga dela e dessa vez sem o marido, a minha amiga tornou a chamar e eu avisei: ela não quer conversa com você e perguntei você não percebeu?  Ao que me respondeu: mas na viagem ela me tratou tão bem, quando a colega se aproximou, imediatamente num tom leve, minha amiga brincou: deixa de ser falsa! Nem me desse cartaz! Fosse tão atenciosa na viagem... A colega se justificou dizendo que estava com o namorado e ele era muito chato, minha amiga de imediato resolveu a questão: acaba esse namoro! Rimos muito e fomos embora. Á noite fomos ver os blocos, em algum lugar uma colega que nos acompanhava gritou horrorizada: olha! Dois rapazes se beijando! Minha amiga prosseguiu a caminhada, nem olhou para verificar, apenas disse com toda naturalidade que lhe é peculiar: isso é normal! Voltamos ao hotel e a outra colega que nos acompanhava, logo que acordava tomava uns quatro comprimidos, e era a mais nova do trio das mocinhas, eu tomava dois e a minha amiga não tomava nada, fiquei observando e em algum momento no café perguntei: você não tem nenhum problema de saúde? Suas taxas são normais? ao que  me respondeu: normalíssima querida!
           Passado a euforia, retornamos para minha cidade e fiquei pensando na vida da minha amiga,  aos 60 anos o que conseguiu adquirir foi uma modesta casa, em um bairro simples da periferia onde mora com cinco galinhas,  inclusive uma delas leva o meu   nome (Cida) e  um gato, trabalha apenas um horário, não  possui cartão de crédito, não tem talão de xeque,  aliás, o  dinheiro carrega em uma mochila de plástico; sempre que conversamos sobre essas coisas ela diz sem demagogia: não vou levar nada disso quando morrer, portanto, não quero nada. Ela é ela, literalmente ela, mas para muitos ela é louca, inconsequente, irresponsável... Nada que se diga ou se pense dela a incomoda, mas de tão ela, ninguém espera nada dela e espera-se tudo que está fora do que consideramos correto. E fiquei pensando o quanto nós somos responsáveis pela imagem que criaram  da gente, e o quanto alimentamos essa imagem, às vezes nem queremos mais aquela imagem, mas alimentamos nos outros essa imagem e geramos tantas expectativas que  não temos coragem de agora desconstruí-la, pois por qualquer leve mudança, logo somos indagados: logo você com essa atitude! O que está acontecendo com você? Está tão diferente! Esperava isso de qualquer um, menos vindo de você!   E por aí vai, um  calvário que nós mesmos ajudamos construir para sermos aplaudidos; na vida há ônus e bônus para todas as nossas escolhas, minha amiga tem o ônus de não ter uma casa boa, bairro nobre, de não ter um  carro, de não ser convidada para eventos, restaurantes, festas, passeios, férias... Mas tem o bônus de dormir a noite toda e não sentir sequer uma dor de cabeça, porque vive livre dos determinismos, porque não precisa pedir permissão para viver, porque não teme os maléficos julgamentos que paralisa os normais, os que alimentaram as expectativas e respondem aos modelos de comportamento ditos corretos. Aos normais, o ônus de  algumas noites de insônia, antes de tomar uma atitude olha pra frente, pra trás e para os lados e ainda pergunta: posso? Um eterno e constante estado de alerta e tensão e na bagagem alguns choros reprimidos, alguns gritos calados, alguns passos atrofiados... e ao amanhecer alguns   comprimidos ingeridos.E é  mais um carnaval que passou, não sou aquele pierrô, mas sou aquela mulher que leva na mala da alma o eterno desejo de mudar sempre e ser feliz.

Cida
 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

CARNAVAL

Bom dia meus queridos! Passando bem rapidinho para desejar um Carnaval de muita paz, alegria, saúde e  celebrações, afinal estamos vivos! porém, nada de exageros.


Nem só de ziriguidum e telecoteco foi feito o Carnaval durante os séculos de história. A festa mais popular no Brasil, na verdade, teve início há milhares de anos na Antiguidade. Mas se não tinha samba e nem mulatas na avenida, a folia sempre estava presente entre hebreus, romanos e gregos. Eram grandes festejos pagãos, cheios de comida e bebida, para comemorar colheitas e louvar divindades e ocorriam entre novembro e dezembro.

Na Idade Média, a Igreja decidiu incorporar as antigas festividades ao seu calendário. O Carnaval então passou a corresponder aos últimos dias antes das limitações impostas pela Quaresma (os famosos 40 dias sem carne até a Páscoa). Era a última chance de ter o prazer de um suculento bife antes das privações até a Sexta-feira Santa. A festa foi se desenvolvendo e, no século 13, começaram a surgir os bailes de máscara, principalmente na Itália. Eram as primeiras fantasias de Carnaval, totalmente restritas à nobreza.

A partir do século 19, as máscaras e fantasias se popularizaram e fizeram parte das festas por toda a Europa. Os personagens que mais davam o que falar eram o Pierrô, o Arlequim e a Colombina (da commedia dell’arte italiana), presentes ainda hoje na festa popular.

E no Brasil?
O Carnaval foi comemorado por aqui desde a chegada dos portugueses. No século 17, por influência dos nossos conterrâneos, as celebrações resumiam-se ao entrudo. Nesta época, era uma bagunça, feita principalmente por escravos, com direito a guerras de água, farinha e limões de cheiro.

 A festa só evoluiu no país no século 19, quando as classes mais ricas daqui, atiçadas pelos europeus, entraram na brincadeira do Carnaval dentro de salões. Mas nada de samba surgir ainda. "Nesta época, cantava-se de tudo no Carnaval. Até Ópera", afirma o historiador André Diniz, autor do livro Almanaque do Carnaval. "A primeira marchinha foi feita em 1899, por Chiquinha Gonzaga, para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro: Ó abre alas. Depois da gravação do samba Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, em 1917, este gênero começa a ganhar espaço no carnaval carioca."

A popularização do samba e das marchinhas, através de compositores como Braguinha, Haroldo Lobo e Lamartine Babo, tornaram a festa num sucesso entre a população na década de 1920. É aí que entra um famoso personagem de nossa história: Getúlio Vargas – esse você já conhece de outros Carnavais. O então presidente percebe o apelo do ritmo e decide aproximá-lo ainda mais da população para torná-lo identidade nacional.

"O estado passou a organizar o Carnaval, dando licença para os desfiles e investindo nas escolas de samba. Getúlio pegou a onda da consolidação do samba, aproximando sua política de construção do Estado Nacional das manifestações populares", explica Diniz. Daí para o samba e o Carnaval crescerem, ganharem um sambódromo e se tornarem identidades nacionais foi um pulo (de folia).

FONTE: GUIA DO ESTUDANTE