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quarta-feira, 5 de junho de 2013

A BELA POESIA DO COTIDIANO

Boa noite meus queridos (as)! Nenhum discurso político, nenhuma argumentação filosófica, apenas um  olhar registrando a bela poesia do cotidiano.









           Último sábado resolvi sair pra almoçar fora, respirar um pouco, ver o movimento da vida, sentir o cheiro de gente,  me sentir viva dentro desse encantador cotidiano,  coisas que não tenho feito normalmente. Em um dado momento a pessoa que estava dirigindo o carro, (às vezes não consigo por conta de algumas reações) estacionou e foi resolver um problema seu, fiquei dentro do carro esperando, quando para ao lado um senhor com um carro de picolé, alguém perguntou se ele havia vendido muito picolé, onde  com alguns poucos dentes na boca e assim mesmo estragados, um grande chapéu de palha que certamente não havia impedido proteger a pele pois estava extremamente avermelhada e ressecada, com um semblante tranquilo respondeu: - oxe, não vendi nada! mesmo com esse sol, a feira de artesanato  cheio de turista, nem uma mosca passa,  mas eles não querem picolé não, só querem cachaça. O que me impressionou foi a tranquilidade, a serenidade com que aquele senhor relatou aquele dia de insucesso. E fiquei pensando a forma simples como esse povo vive e encara a vida, fiquei pensando nessa linda capacidade do povo, verdadeiramente povo não ser contaminado por essa busca desenfreada do “ter” que a classe alta, media alta... Sei lá o que  são tão escravas. Fiquei imaginado um grande empresário relatando um dia como esse. E aí o senhor seguiu com o seu carro de picolé, sem reclamar, sem blasfemar, sem desistir, seguiu. Em seguida fui à casa da minha irmã e quando voltava quem eu encontro? Um carro de picolé estacionado em frente a um barzinho, meu olhar buscou imediatamente  os detalhes do cenário e está lá, aquele chapéu, aquele mesmo senhor tomando a sua cerveja com a boca escancarada, não esperando a morte chegar mas, dando boas risadas da vida e pra vida. Fiquei encantando com a cena e ela só me disse uma coisa: como complicamos a vida! Como tudo seria diferente, mais leve... se fôssemos menos escravos.

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