Bom dia meus queridos (as)! Acordei e viajei no meu labirinto, uma viagem deveras interessante!
Lancei-me na
fragilidade visceral do meu ser, percorri um labirinto onde placas indicavam
alguns caminhos, outras algumas atalhos e ainda outras em branco. Nada me
diziam! Um labirinto cheio de medos. O Senhor medo, de tão medroso me indicava
parada obrigatória e ainda sugeria me recolher e não continuar. Outra placa cheia
de adereços, parecendo disfarçar algo me falava de insegurança e por isso
sugeria não ousar, apenas cumprir aquela orientação sem se quer mudar a forma
de prosseguir; mas na frente encontrei uma placa com uma palavra monossilábica,
discreta era a fé e por incrível que pareça a indicação era de prosseguir
sempre, mesmo que em alguns momentos tivesse que parar e rever o olho da
engrenagem, ela me dizia que fazia toda
diferença. Continuei no encantador e ao mesmo tempo assustador labirinto e
encontrei uma placa que me falava de covardia, estava inclusive em negrito e me
orientava a baixar a cabeça e sempre escolher os atalhos para chegar mais
rápido, mesmo perdendo o delicioso sabor da contemplação. Meio cansada de tantas
entradas sem saídas não consegui enxergar mais nada e adormeci, quando acordei,
algo ofuscava meus olhos, era o reflexo lá longe de uma placa que falava de
coragem, e me sugeria sempre dar um novo passo e descobrir um novo ritmo, uma
nova dança.... Meio aborrecida e cansada sem encontrar uma saída vi uma placa
estranha, era a única que não tinha escrito nada, virei para lá para cá como
que tentando desvendar um enigma, mas nada, a placa não me dizia nada, nada tinha
escrito. De repente aquele labirinto escuro foi tomado de uma luz forte e que
vinha única e exclusivamente em minha direção e quando consegui juntar todas as
placas descobri que o labirinto estava em mim! eu era o labirinto! com as inúmeras possibilidades
de escolhas, de caminhos, de descaminhos... As placas eram os sentimentos, as construções
e desconstruções, as formações e deformações feitas ao longo do caminho, tudo
muito simples, tudo muito meu, restava e cabia só a mim, escolher a roupa, a dança, a
cor, os sentimentos, a postura para percorrer o meu labirinto e esse sim sempre
tinha um a saída.
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