Bom dia meus queridos (as)! Uma semana de muita paz e sabedoria para todos nós! Tenho um certo fascínio pela história, cultura e religião do oriente e recebi esse artigo que gostei muito sobre Budda e compartilho com vocês.
O LEGADO DE BUDDHA: O PRÍNCIPE ILUMINADO
O Príncipe Sidarta Gautama era uma pessoa normal, como qualquer um de nós.
Levava sua vida no palácio onde nascera, tranquilamente, desfrutando de uma
vida abastada e cheia de conforto. Foi educado dentro das tradições hindus,
pois seu pai, o rei de Shakya pertencia à casta dos Kshatryas, os guerreiros da
religião hindu.
Quando o menino nasceu, por cerca do ano 558 aC, seu pai percebeu que ele
era especial e os sábios do reino também. Sidarta trazia uma série de
características que somente os iluminados trazem e uma delas são as orelhas com
lóbulos avantajados, um forte sinal de iluminação no Oriente.
O menino foi crescendo e seu pai tentando esconder-lhe as verdades da vida:
a doença, a pobreza, a velhice, o sofrimento e a morte. Mas algo dentro
dele, como uma bússola interior que todos nós temos, indicava que algo estava
errado nesse caminho, que o mundo fora dos muros do palácio era diferente; e um
dia Buddha se empenhou em desvendar os mistérios desse novo mundo.
Um dia o jovem rapaz sai do palácio com um de seus servos e vê um homem
muito velho. Então ele questiona, perguntando ao servo o que havia acontecido
com o homem. Quando o serviçal lhe respondeu que todos nós ficaríamos assim um
dia, o nobre príncipe assustou-se e seu coração ficou profundamente triste.
Essa situação repetiu-se quando ele viu uma pessoa doente com lepra, quando
ele viu um funeral e um mendigo. Todas essas situações mexeram profundamente
com Buddha, que decidiu trilhar o caminho para descobrir a verdade.
Seu questionamento principal era: - Porque existe o sofrimento? Porque o ser
humano precisa sofrer?
Nessa época Buddha era já casado com a Princesa Isodara, então esperou seu
filho nascer, despediu-se e foi buscar seu caminho para entender porque a
humanidade sofre. Primeiramente juntou-se a um grupo de ascetas (renunciantes)
que abandonaram completamente qualquer tipo de conforto, fazendo voto extremo
de pobreza. O Príncipe que sempre esteve cercado de luxo no palácio, agora experimentava
o outro extremo, pois acreditava que a verdade estava ali, no voto de pobreza.
Certa vez quando o grupo de renunciantes caminhava na floresta, Buddha
aceitou de uma moça que estava passando uma tigela de arroz, pois já não comia
há muito tempo e sentia-se fraco. O grupo revoltou-se contra ele, dizendo que
ele estava errado em aceitar o presente e o abandonaram. Então Buddha viu-se
sozinho em sua busca, e naquele mesmo dia compreendeu um dos maiores
ensinamentos do budismo: o Caminho do Meio. Percebeu que a verdade não estava
nem no ascetismo e nem na riqueza, mas no ponto de equilíbrio entre as duas
coisas. Nesse momento de “insight” Ele compreendeu as leis naturais de
ação e reação, de causa e efeito e do princípio da polaridade, que diz que tudo
é dual, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto, semelhante e dessemelhante
são a mesma coisa.
Naquele instante Buddha percebeu que tudo o que ocorre ao homem, se dá
através do Samsara, a roda de existências cíclicas ao qual o homem está preso
por séculos por não conseguir purificar suas inferioridades.
Após a iluminação, Buddha se deu conta das nobres verdades que nos afetam
existência após existência:
1) O sofrimento existe;
2) Sua origem é o desejo;
3) Sem desejo não há sofrimento;
4) Pode-se chegar a iluminá-lo através da
Senda Óctupla.
A senda Óctupla abrange oito verdades espirituais:
1) Ação correta;
2) Vida correta;
3) Esforço correto;
4) Mente correta;
5) Concentração correta;
6) Intenção correta;
7) Visão correta;
8) Palavra Correta.
Seguindo suas próprias palavras, o Iluminado foi até o Parque das Gazelas e
proferiu o Sermão de Benares, um ensinamento que tem para o budismo a mesma
importância que tem o Sermão da Montanha para os Cristãos.
Foi nesse instante que surgiu a primeira ordem budista na Terra, que segundo
o escritor Adilson Marques, possui a missão de “colocar o ser humano em contato
com as energias mais puras do universo. Os espíritos ligados ao budismo nos
trazem o conforto das energias mais purificadoras.”
O Budismo não é somente uma reiligião, mas uma filosofia de vida, um estilo
pacífico, purificador e libertador, centrado na compaixão e no desenvolvimento
do espírito em sua tradução mais literal. No budismo des-envolver-se significa
deixar de se envolver no emaranhado cármico ao qual estamos presos há milênios.
No budismo as escrituras estão empenhadas em mostrar ao caminhante um rumo de
luz e amor que pode nos libertar da roda de renascimentos, para que possamos
viver aqui na Terra com qualidade e renascer em reinos superiores.
Buddha nos deixa um legado de amor, compaixão e força centrados na mansidão,
no pacifismo e no equilíbrio das emoções, pensamentos e sentimentos, o que é
poderoso e libertador para qualquer ser humano. Buddha nos inspira a buscarmos
a nossa própria iluminação quando nos mostra que, o que em vida ele conseguiu,
qualquer um de nós também pode conseguir, desde que da nossa parte haja empenho
e dedicação ao Verdadeiro Caminho.
Fonte: LUZ DA SERRA
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